O Brasil Colonial

27/10/2012 00:00

 O Brasil Colonial

 

 

Pouco depois do retorno de Vasco da Gama a Portugal, o Rei Dom Manuel, mandou organizar a maior esquadra organizada em Portugal, era composta de treze navios e tinha uma tripulação de aproximadamente 1200 homens. Para comandá-la, o rei escolheu Pedro Álvares Cabral, fidalgo de uma das mais tradicionais famílias portuguesas.

Cabral enviou uma caravela de volta Portugal com a notícia dos acontecimentos e várias cartas, entre elas a de Pero Vaz de Caminha, que relatava a viagem e o descobrimento da nova terra.  

Neste período não houve a colonização do Brasil, pois os portugueses não se fixaram no território. Após os primeiros contatos com os indígenas, os portugueses começaram a explorar o  a árvore do pau-brasil.

Exploração do Pau-Brasil

 

Nos primeiros trinta anos, o Brasil não foi ocupado pelos portugueses, o comércio de especiarias com as Índias era muito mais lucrativo, e somente a exploração do pau-brasil justificava a viagem até o novo território.

 

 

 

Com o declínio do comércio com as Índias e a preocupação crescente de que franceses e holandeses pudessem ocupar o litoral brasileiro obrigou os portugueses a organizar um processo de colonização do novo território.

No ano de 1530, Portugal organizou a primeira expedição com objetivos de colonização, esta foi comandada por Martin Afonso de Souza e tinha como objetivos: povoar o território brasileiro, expulsar os invasores e iniciar o cultivo de cana-de-açúcar no Brasil.

 

A fase do Açúcar (séculos XVI e XVII )
 

O açúcar era um produto de muita procura na Europa e alcançava um grande valor, após as experiências positivas de cultivo no nordeste brasileiro, começou o plantio em larga escala. Seria uma forma de Portugal lucrar com o comércio do açúcar, além de começar o povoamento do Brasil, após a tentativa de utilizar a mão-de-obra indígena, que não alcançou o resultado esperado, foi trazido os primeiros escravos de origem africana.

Administração Colonial 

Para melhor organizar a colônia, o rei de Portugal resolveu dividir o Brasil em Capitanias Hereditárias. O território foi dividido em faixas de terras que foram doadas aos donatários (nobres portugueses)

Estes podiam explorar os recursos da terra, porém ficavam encarregados de povoar, proteger e estabelecer o cultivo da cana-de-açúcar. No geral, o sistema de Capitanias Hereditárias fracassou, em função da grande distância da Metrópole, da falta de recursos e dos ataques de indígenas e piratas.

Após a tentativa fracassada de estabelecer as Capitanias Hereditárias, a coroa portuguesa estabeleceu no Brasil o Governo-Geral, era uma forma de centralizar e ter mais controle da colônia. O primeiro governador-geral foi Tomé de Souza que recebeu do rei a missão de combater os indígenas rebeldes, aumentar a produção agrícola no Brasil, defender o território e procurar jazidas de ouro e prata.

Mapa Capitanias Hereditárias

 

Também existiam as Câmaras Municipais que eram órgãos políticos compostos pelos ricos proprietários que definiam os rumos políticos das vilas e cidades. O povo não podia participar da vida pública neste período. A capital do Brasil neste período foi Salvador, pois a região Nordeste era a mais desenvolvida e rica do país.

A economia colonial

A base da economia colonial era o engenho de açúcar, o senhor de engenho era um fazendeiro proprietário da unidade de produção de açúcar. Utilizava a mão-de-obra africana escrava e tinha como objetivo a venda do açúcar para o mercado europeu. Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão.

As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas produtoras de um único produto, utilizando mão-de-obra escrava e visando o comércio exterior.

O Pacto colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil só podia fazer comércio com a metrópole.

Engenho de Açucar

 

 

A sociedade Colonial

 

A sociedade no período do açúcar era marcada pela grande diferenciação social. No topo da sociedade, com poderes políticos e econômicos, estavam os senhores de engenho. Abaixo, aparecia uma camada média formada por trabalhadores livres e funcionários públicos. E na base da sociedade estavam os escravos de origem africana.

Era uma sociedade patriarcal, pois o senhor de engenho exercia um grande poder social. As mulheres tinham poucos poderes e nenhuma participação política, deviam apenas cuidar do lar e dos filhos.

A casa-grande era a residência da família do senhor de engenho, nela moravam, além da família, alguns agregados, o conforto da casa-grande contrastava com a miséria e péssimas condições de higiene das senzalas (habitações dos escravos).

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